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Palavra de escuteira

De que valem as palavras se forem apenas ditas, se não forem sentidas, se não forem intencionais e se não nos soubermos expressar através delas? A chama da aventura. Decisões e caminhos divergentes. O meu quotidiano.

Palavra de escuteira

De que valem as palavras se forem apenas ditas, se não forem sentidas, se não forem intencionais e se não nos soubermos expressar através delas? A chama da aventura. Decisões e caminhos divergentes. O meu quotidiano.

DRAVE, finalmente

Há uns tempo escrevi um post sobre a DRAVE (podem lê-lo aqui Drave - Base Nacional da IV ). Escrevi sobre o meu sonho de ir àquela Aldeia Mágica e ser feliz, de fazer a minha promessa de caminheira e traçar o meu caminho, tomar as minhas decisões e ser Homem Novo.

É com orgulho que hoje posso escrever sobre a tão aguardada ida à DRAVE ainda no inicio deste ano (10, 11 e 12 de Março).

Achei eu, na minha inocência, que iria consegui explicar um bocadinho melhor o que realmente é e o que se passa por lá mas deparo-me com a impossibilidade de o fazer. Pode parecer cliché, mas é algo não se explica. É algo que se sente, sabem? 

Não há água canalizada ou luz eléctrica, há um céu repleto de estrelas que não lhes sabia a existência. Não há poluição nem confusão, mas sim um grupo de pessoas que se unem sem razão aparente. Não há maldade. Há silêncio e amizade. Há alegria pura e uma vontade enorme de Servir. Há uma luz ao fundo do túnel que parece impossível encontrar "cá fora", uma réstia de esperança por um mundo melhor. Há montanhas que emanam paz e aquela nostalgia e saudade quando vamos embora. Há o verdadeiro espírito do caminheirismo e companheirismo e a vontade ser sermos mais e melhor. 

Uma Montanha do Tamanho do Homem que nos faz sentir importantes e com poder para mudar o mundo se assim o desejarmos. 

Neste fim de semana não "vi um caminheiro do meu agrupamento a partir para mais uma aventura na Drave", este fim de semana, eu fui a caminheira a partir para uma aventura na DRAVE. Fui eu e meu clã. E fomos felizes.

Foi desta que percebi que, para ter magia, não preciso de ser aceite em Hogwarts.

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Palavra de... uma estudante de Enfermagem

Mais uma no meio de centenas que se formam todos os anos. Mais uma aluna que decidiu entrar em enfermagem mesmo com o cenário negro que se aproxima e com as nuvens que ameaçam uma tempestade.

De entre amigos que se riem (mas que me apoiam sempre), à família que diz que vou trabalhar para fora porque em Portugal "não se vê jeitos...". 

À medida que o tempo passa percebo que este é um percurso que terá mais desafios e obstáculos que imaginava. Pretendo ir um dia de cada vez, frequência a frequência. Há tanto para aproveitar e um mundo tão grande na vida académica. Desde novos amigos, à nova família, à madrinha que escolhemos a medo, à praxe que vamos com receio, às saídas à noite. Até à queima, à latada, à serenata, às festas, às tardes perdidas à volta de uma mesa a rir... Tanto e mesmo assim parece tão pouco.

Coimbra tem tanto para dar se soubermos aproveitar. Esta é uma boa altura para experimentar. É uma boa altura para me conhecer, para me reinventar. Quem sabe a nova versão não vá ser melhor.

Já sou um quarto de enfermeira. Sem que desse conta, já passou um ano.

Ano esse que não volta a trás. 

 

 

 

(Encontrei estas palavras perdidas no meus rascunhos e achei que faziam todo o sentido, mesmo alguns meses depois)