Acontece sempre aos outros
até que nos acontece a nós.
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até que nos acontece a nós.
Ainda não acredito. A verdade é que ainda não estou em mim. Não sei o que dizer ou sentir, neste momento estou imune à dor, mas sei que vai voltar... talvez à noite, quando quiser dormir ou talvez quando for de encontro ao resto da família e me aperceber de que é real.
Ninguém merece este desfecho. Vou sentir saudades. O T. também.
Sou sub-guia. É suposto ser responsável, ajudar a minha equipa naquilo que for preciso, orientá-los e fazê-los acreditar que vamos conseguir superar os obstáculos que foram postos à nossa frente.
Há falta de guia, quem fica inteiramento responsável por todos os elementos, sou eu. Diga-se que esta personagem decidiu faltar a um acampamento de núcleo (este mesmo fim-de-semana) e, como só soube à última da hora, não pude fazer grande coisa para me preparar.
Sabem o que são azimutes? Eu também não sabia. Puseram-me um mapa à frente, um escalimetro, deram-me uma mini explicação de como aquilo me ia servir, e mandaram-me com a minha equipa para um raide (e eu que estava a precisar de orientação...). Sabem fazer uma mesa e um pórtico? Eu sei. A minha equipa também. Acontece que nem todos têm vontade de trabalhar. Sabem o que um fogo concelho? Mais uma vez, qualquer escuteiro sabe. E, mais uma vez, existem individualidades que acham que há alguém que vai resolver o assunto.
Mas sabem que mais? O acampamento acabou e eu estou feliz por ter sido como foi. Aprendi a ser mais positiva, aprendi que mesmo quando as coisas parecem muito más, acabam por se resolver. Aprendi a não desistir. E melhor que tudo isto, além de ter aprendido o que são e como se trabalha com azimutes (que são ângulos, se se estão a perguntar), ainda ensinei a minha equipa.
E vamos todos ser melhores, porque só a tentar se chega onde quer que seja.
"Vocês devem ter congelado durante o fim-de-semana!"
"Achas? A chuva não estava assim tão fria"